Uma confissão póstuma

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Autor: Marcellus Emants

Tradutor: Daniel Dago

Sinopse: Narrado com alucinante franqueza – até então vista apenas uma única vez na Europa, em Memórias do subsolo, de Dostoiévski –, Uma confissão póstuma (1894) é um dos pilares da literatura em língua holandesa.
O frio narrador e protagonista, Willem Termeer, já na primeira página, anuncia que matou sua esposa e, para dar vazão à sua “infeliz existência”, resolve escrever suas confissões. Revisita a covardia na escola, a rejeição do pai e da mãe, os fracassos amorosos e sociais, a decepção com a esposa, e a obsessão em ser traído – o que gerará comparações com Dom Casmurro Extremamente tenso, dilacerante, impiedoso, de transtornada profundidade analítica, Uma confissão póstuma cada vez mais ganha traduções – entre elas ao inglês, feita por J. M. Coetzee, cuja introdução consta nesta edição – e repercussão fora da Holanda, mantendo Marcellus Emants, ao lado de Dostoiévski, entre os grandes da Europa.

Sobre o autor:
Marcellus Emants (1848–1923) escreveu contos, poesias, romances, e se via basicamente como dramaturgo – chegou a fundar uma companhia de teatro, na qual escrevia, dirigia e atuava –, mas hoje é mais lembrado pela prosa. Foi bastante influenciado pelos realistas franceses e russos. Manteve amizade epistolar com Ivan Turguêniev, autor com o qual possuía grande afinidade literária. Em vida, foi ofuscado pela fama de Louis Couperus, mas, algumas décadas após sua morte, voltou a ser estudado pela crítica e passou a constar no cânone holandês como um dos grandes do século XIX europeu. Seu maior romance, Een nagelaten bekentenis (Uma confissão póstuma, 1894), é frequentemente tido como o Memórias do subsolo holandês. Atualmente, um de seus maiores fãs fora da Holanda é J.M. Coetzee, que traduziu Uma confissão póstuma ao inglês e o compara a Flaubert, Tolstói, Ford Madox Ford, D. H. Lawrence, Dostoiévski. Após a versão de Coetzee, Emants tem sido muito traduzido e ganhado o devido reconhecimento fora de seu país.

Sobre o Tradutor:
Daniel Dago nasceu em São Paulo em 1987. Em 2017 traduziu e organizou pela editora Zouk a obra Contos Holandeses: 139-1939, entre suas traduções estão: "Max Havelaar", de Multatuli (Âyiné, 2019); "A vida é a boooa", de Remco Campert (Martelo, 2019); "Poesia holandesa - do séc. XIX à atualidade" (em conjunto com Rubens Chinali, Demônio Negro, 2019).

Leia aqui a introdução do livro.

Leia aqui o conto do autor "Um excêntrico" publicado no livro Contos holadeses.

Capa:
reprodução da obra “Winter in Amsterdam” de George Hendrik Breitner.

236 páginas - 16x23 - ISBN 9788580490831