Fada

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Autor: Dyonelio Machado

Sinopse: Última obra editada em vida, em 1982, aos 87 anos de Dyonelio Machado, Fada é uma história de amor entre jovens que buscam romper com os ditames patriarcais do padrasto de Mafalda, apelidada Fada, e o casamento arranjado que ele planejava. Ambientado na campanha gaúcha, e por vezes no ambiente universitário, Fada dialoga com o universo fantástico próprio do imaginário local, desmistificando-o a partir de uma análise racional. Uma característica da narrativa é seu caráter metaficional, seja para pensar o ofício literário e a criação artística, seja para sublimar as dificuldades que o próprio Dyonelio sentiu num período de ostracismo que viveu. Neste sentido, estão inseridos personagens escritores, o alter ego Dionísios Madureira e o enamorado D'Artagnan, autor de uma narrativa fantástica que figura nas páginas de Fada e traz para o pampa a figura de Parsifal, sem deixar de lado o panteão feminino medieval. “A época era da Magia. Pouco faltava para a revivescência da Idade Média. As condições se assemelhavam em muitos aspectos: miséria, insalubridade, condensação do poder nas mãos duma oligarquia. Apelava-se para o fantástico, como recurso extremo da salvação”. A presente edição, organizada por Camilo Mattar Raabe, conta com apresentação de Antônio Hohlfeldt, posfácio de Altair Martins, depoimento de Marco Túlio de Rose, a quem há uma referência na obra, e notas de José Francisco Botelho sobre mitologia; também apresenta originais relacionados ao processo criativo e o início de um romance inédito idealizado por Dyonelio como continuação da obra.
 
Sobre o autor: Dyonelio Tubino Machado nasceu em 1895, no município de Quaraí, cidade do pampa gaúcho. Transferiu-se ainda jovem para Porto Alegre a fim de estudar Medicina, especializou-se em Psiquiatria e foi um dos introdutores da psicanálise no RS. Além de jornalista, atividade em que fundou e dirigiu jornais, liderou a Aliança Nacional Libertadora em seu estado e foi eleito deputado pelo Partido Comunista do Brasil. Estreou na ficção com os contos reunidos em Um pobre homem (1927) e foi lançado nacionalmente por Os ratos (1935), vencedor do Prêmio Machado de Assis de Literatura. Publicou 12 obras literárias em vida, dentre as quais O louco do Cati (1941), Deuses econômicos (1966), Endiabrados (1980) e Ele vem do fundão (1982).