Pelo direito de ser quem sou: um ser coletivo

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Autora: Ìyá Sandrali Bueno

Organizadoras: Izabel Belloc, Andressa Mourão Duarte, Joanna Burigo, Nina Fola 

Sinospe: Os textos que compõem este livro se organizam a partir dos conceitos que foram construídos ao longo da espiral de minha vida no àiyé, na interconexão existencial entre percepção e observação na arte da escrita sob à cosmosensação matricentrada, compartilhada de forma circular na troca que transforma o individual em coletivo, através do espelho social cujo protótipo se estabelece no olhar da mãe que faz com que o bebê olhe sempre para o alto na busca da realização divina da completude, mas que também nos faz vulneráveis diante da realidade social, subjugada ao poder do falso olhar da interpretação equivocada daquilo que representa a matéria dissociada do espírito, ou seja, a emoção dissociada da razão.
O texto representa minha própria circularidade nos lu­gares por onde tenho transitado e me constituído como alguém com alteridade na luta radicalmente amorosa, ofertando o melhor cardápio que aprendi na troca de saberes e experiências. Muitas pessoas irão re­conhecer trechos já ouvidos nas vezes que fiz dele minha fala e o meu fazer político de denúncia e anúncio no exercício da arma mais podero­sa que disponho: o rigor do princípio civilizatório da oralidade, legado das minhas ancestrais.

 
"Minha mãe era uma jovem mulher negra quando a ditadura mi­litar era o regime político instituído no país. Sua luta contra a ditadura foi silenciosa, pois minha avó tinha um fundamentado receio do que poderia acontecer com uma jovem negra caso ela fosse apanhada pelo DOI-CODI. Minha mãe e outras mulheres negras de sua geração foram ignoradas dos relatos de resistência contra a ditadura. As mulheres ne­gras da geração de minha mãe só foram reconhecidas como as grandes militantes e intelectuais que são gerações mais tarde, alçadas em sua magnitude pela radicalidade amorosa de mulheres negras que insisti­ram em reivindicar seus nomes."

Winnie Bueno  

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Com a leitura do livro, nos colocamos em uma encruzilhada que nos possibilita trafegar em diversos eixos que se cruzam, que retornam para o mesmo lugar, que nos levam para direções opostas, mas que, em cada um desses caminhos, abertos com foice e facão – e agora ampliados pelo abebê de sua Osun –, sentimos, nós andantes e retardatários no Tempo, que muito foi feito e que muito ainda há que se fazer.
A filósofa Sandrali Bueno esbanja e compartilha conosco o poder da senioridade."

Nina Fola
 

Com textos de: Nina Fola, Winnie Bueno, Ayanna Bueno, Zélia Maria Oliveira Fajardini, Izabel Belloc, Joanna Burigo, Ana Goelzer, Suelen Ayres Gonçalves, Ledeci Lessa Coutinho, Maria José Diniz, Adriana Damasceno, Andressa Mourão Duarte, Carla Silva Ávila, Lanna Campos.

Sobre a autora: Ìyá Sandrali. Iyalorixá. Psicóloga. Especialista em Criminologia. Servidora Pública. Ativista em Direitos Humanos. Antirracista. Femininista. Secretária executiva do Conselho do Povo de Terreiro do Estado do Rio Grande do Sul. Coordenadora Estadual do GTMulheres de Axé da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde, Núcleo RS. Conselheira do Conselho Municipal do Povo de Terreiro de Pelotas. Coordenadora de Formação do Movimento Negro Unificado/RS. Integra o Coletivo Político NegrAtividade e idealizadora do Coletivo Antirracista o Melhor de Cada Uma.
 
DADOS DO PRODUTO

título: Pelo direito de ser quem sou: um ser coletivo
autora: Ìyá Sandrali Bueno
organizadoras: Izabel Belloc, Andressa Mourão Duarte, Joanna Burigo, Nina Fola 
isbn: 9786557780909
idioma: Português 
encadernação: Brochura
formato: 16 x 23
páginas: 252
ano de edição: 2022
edição: